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Foto do escritorGuilherme Cândido

Com SPECTRE, 007 retorna aos cinemas mais leve e explosivo

Atualizado: 16 de jul. de 2022

Toda vez que a franquia 007 é mencionada, é sintomático que se inicie um intenso debate acerca do melhor intérprete de James Bond. E se Daniel Craig não alcançou a unanimidade, pelo menos não há muito o que questionar quando se trata da importância de seus filmes para a história do agente. O fato é que foi justamente com Craig que a série evoluiu, trocando o tom fantasioso e exagerado que imperou até a fase de Pierce Brosnan por uma atmosfera crua e realista.


Novamente escrito por Neal Purvis e Robert Wade, o roteiro acompanha James Bond e sua busca por uma organização secreta que parece ter ligações com seu passado, enquanto M (Ralph Fiennes, sempre eficiente) continua lutando contra forças políticas para manter o Serviço Secreto na ativa. Nesta nova aventura, a primeira novidade que salta aos olhos é a forte presença do humor. Logo em sua primeira cena, Bond já se apresenta como uma figura mais descontraída e bem humorada, o que fica evidenciado também nos divertidos diálogos entre o agente e Q (vivido com personalidade por Ben Whishaw).


Entretanto, se o roteiro acerta em cheio no humor, é preciso reconhecer que o alto padrão estabelecido pelo filme anterior (o ótimo Operação Skyfall) não é mantido, já que os roteiristas parecem dar mais importância às explosivas sequências de ação do que à trama em si. E por falar em trama, aqueles que assistiram aos filmes anteriores devem ficar atentos, pois inúmeras referências são feitas, principalmente a Cassino Royale.


Outra decepção reside justamente num ponto em que a série costuma se destacar: o vilão principal. O excepcional Christoph Waltz (Bastardos Inglórios) tem pouquíssimo tempo de tela para conferir peso a Franz Oberhauser, que, pra piorar, ainda tem um desfecho que se revela um verdadeiro anti-clímax. A canção Writings on the Wall, de Sam Smith, também se revela um enorme equívoco, sendo facilmente eclipsada pelas ótimas You Know My Name e Skyfall.


Embora conte com sua parcela de imperfeições, 007 Contra Spectre jamais deixa de ser divertido e ainda que se revele inferior a Skyfall e Cassino Royale, representa mais um acerto dessa franquia que parece muito longe de perder o fôlego.


NOTA 7

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