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Foto do escritorGuilherme Cândido

"Avatar" volta aos cinemas preparando o público para continuação


Após vários adiamentos e longa espera traduzida em expectativa, em 18 de dezembro de 2009 chegava aos cinemas o novo filme de James Cameron, prestigiado cineasta canadense que havia se distanciado dos holofotes após ganhar o Oscar de Melhor Diretor por Titanic (que com seus 11 Oscars se tornou o filme mais premiado da história da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas) em 1998.


Apesar do bacharelado em Física, foi com o Cinema que Cameron acabou se realizando, consagrando-se como um especialista em filmes de ação e aventura, quase sempre calcados também na ficção científica. Afinal, são dele os celebrados Aliens – O Resgate, O Exterminador do Futuro e sua espetacular continuação, O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final, que conquistou 4 Oscars, revolucionou os efeitos especiais da época e, de quebra, entrou para o imaginário da cultura popular, marcando presença em várias listas de melhores filmes de todos os tempos. Mesmo assim, seu novo longa-metragem ainda gerava desconfiança (especialmente de uma expressiva revista brasileira).

Quando finalmente invadiu as salas de cinema, porém, Avatar se provou um sucesso arrebatador. Sob a promessa de proporcionar uma experiência única através de uma tecnologia 3D inédita até então (Cameron criou as câmeras utilizadas nas filmagens) seu épico se tornou um fenômeno mundial, lotando sessões e permanecendo no topo das bilheterias por várias semanas, até quebrar o recorde que era justamente de Titanic, tornando-se o filme de maior bilheteria da história do Cinema. De olho nos quase 3 bilhões de dólares arrecadados por Avatar, Hollywood tratou de investir pesado em filmes 3D, obrigando o circuito mundial de exibidores a modernizar suas salas de projeção. A nova onda de Filmes em 3D permaneceu por mais de uma década até finalmente esfriar, embora não tenha acabado definitivamente.

A história permanece quase intacta: Jake Sully é um ex-fuzileiro que acaba sendo convidado a assumir a função de seu finado irmão numa missão que acontece na longínqua Lua Pandora, lar dos Na’vi, povo humanoide que nutre uma profunda relação com a natureza. Uma vez em território alienígena, Jake passa a controlar remotamente o Avatar que pertencia ao seu irmão, isto é, um corpo quase idêntico ao de um Na’vi, mas contendo também DNA humano.

Sendo deficiente físico, ele encara a missão como uma oportunidade de poder usar suas pernas novamente, enquanto se encarrega de aprender mais sobre a cultura local e se misturar aos nativos. Vale ressaltar, porém, que a esta versão do filme possui uma pequena alteração em seu final, adicionando algumas falas a um determinado personagem. Um momento claramente concebido para preparar o terreno para a continuação, numa daquelas clássicas deixas hollywoodianas.


Escrito, dirigido, produzido e montado por James Cameron, Avatar é uma aventura épica que merece ser vista e revista na maior e melhor tela possível. Como um bônus, todas as sessões incluem uma breve sequência inédita do vindouro Avatar – O Caminho da Água logo após a primeira bateria de créditos. Trata-se de um vislumbre estonteante do que veremos em 15 de dezembro.

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